Para a minha surpresa vi um depoimento feito pelo Mauricio Magalhães contando sobre uma lesão ocorrida com ele, segue agora o texto na integra:
“Trauma de um joelho skatista.
(11/01/2009 - 13:34)
Em Outubro do ano de 2007 marcamos uma sessão para filmarmos. Eu estava empolgado e queria ter algumas imagens minhas em vídeo.
Era tarde de competição no Setor bancário e estava sendo realizado um “game off skate”, pelas marcas Circo e Capital. Iríamos explorar a asa norte.
Chegamos no pico. Logo, dei um pequeno ollie no solo e caí. Aquilo foi o prenúncio de um acidente. Não considerei minha consciência naquele momento, se é que tinha. Ela me dizia, não vai, não anda. E ela realmente tinha razão. Descobri isso com a tentativa de outro ollie, só que desta vez, por cima de um corrimão e caindo na calçada embaixo. Fui na doida e infelizmente perdi o skate dos meus pés, e pra meu azar, perdi também o tempo de aterrisagem. Meu corpo pesou com carga máxima em cima do joelho direito, causando uma torção jamais sentida antes.
Ali começava uma luta física e mental que me fez ficar muito tempo com mudanças de comportamento, e com intermináveis dúvidas quanto a gravidade da lesão. Depois do edema controlado tentava andar, mas torcia de novo e ficava mais um mês de molho com inchaço. Queria descarregar a adrenalina acumulada, mas não dava.
Esse calvário se prolongou por seis meses, até que minha namorada, graciosamente me incluiu no plano de saúde da empresa em que trabalha. Isso me caiu como um milagre. Por meio de uma ressonância magnética, foi constatada a perda total do famoso ligamento cruzado anterior (LCA). Não aceitava a idéia de nunca mais andar de skate, pois sem o ligamento a perna torce facilmente e ocasionaria outras lesões.
A partir daí, muito estudo sobre o assunto fizeram parte da minha rotina, já que a possibilidade da cirurgia para reconstrução do ligamento era real.
Marcado o dia, fui operar na maior felicidade. Segundo o médico eu voltaria a andar de novo, mas claro, se meu foco estiver voltado para a recuperação com disciplina em todas as fases.
Não foi fácil! O primeiro mês após a cirurgia, e parado num sofá a base de medicamentos, me deixou louco. Nenhuma mídia foi colocada em aparelhos para ver ou ouvir skate, já que não é bom criar expectativas e precipitações. Pacientemente o tempo foi correndo, assim como as sessões doloridas de fisioterapia e musculação.
Já estou andando, mas ainda sem bater ollie e falta mais um mês de musculação. Ando sem forçar e reconheço que o tempo irá fazer sua parte.
Completando um ano após esse acidente, quase abandonando o skate como praticante, tiro várias lições construtivas das quais recomendo a todos. Andar de skate é, e sempre será uma sensação única, mas não deixa de ser uma atividade física de altíssimo impacto. Por isso é bom que o skatista seja também um esportista, no que diz respeito a preparar seu corpo para os impactos que irá submetê-lo. Alongamento, aquecimento, propriocepção, musculação... Estas palavras poderiam ser mais usadas pela galera, fazendo seu rolê evoluir e evitar acidentes com lesões e traumas futuros.
Se você se machucar - tomara que não - o melhor caminho é procurar quanto antes um especialista na área, e se ainda não se machucou, prepare seu corpo. Ele vai agradecer em forma de manobras.
Agradecimentos a Deus, Carla Caixeta, minha família, Dr Flory M. sobrinho e equipe, ao fisioterapeuta Luis Gustavo Fonseca, e aos amigos do skate, que me fazem estar eternamente jovem. Valeu.
Por Mauricio Magalhães.”
Em Outubro do ano de 2007 marcamos uma sessão para filmarmos. Eu estava empolgado e queria ter algumas imagens minhas em vídeo.
Era tarde de competição no Setor bancário e estava sendo realizado um “game off skate”, pelas marcas Circo e Capital. Iríamos explorar a asa norte.
Chegamos no pico. Logo, dei um pequeno ollie no solo e caí. Aquilo foi o prenúncio de um acidente. Não considerei minha consciência naquele momento, se é que tinha. Ela me dizia, não vai, não anda. E ela realmente tinha razão. Descobri isso com a tentativa de outro ollie, só que desta vez, por cima de um corrimão e caindo na calçada embaixo. Fui na doida e infelizmente perdi o skate dos meus pés, e pra meu azar, perdi também o tempo de aterrisagem. Meu corpo pesou com carga máxima em cima do joelho direito, causando uma torção jamais sentida antes.
Ali começava uma luta física e mental que me fez ficar muito tempo com mudanças de comportamento, e com intermináveis dúvidas quanto a gravidade da lesão. Depois do edema controlado tentava andar, mas torcia de novo e ficava mais um mês de molho com inchaço. Queria descarregar a adrenalina acumulada, mas não dava.
Esse calvário se prolongou por seis meses, até que minha namorada, graciosamente me incluiu no plano de saúde da empresa em que trabalha. Isso me caiu como um milagre. Por meio de uma ressonância magnética, foi constatada a perda total do famoso ligamento cruzado anterior (LCA). Não aceitava a idéia de nunca mais andar de skate, pois sem o ligamento a perna torce facilmente e ocasionaria outras lesões.
A partir daí, muito estudo sobre o assunto fizeram parte da minha rotina, já que a possibilidade da cirurgia para reconstrução do ligamento era real.
Marcado o dia, fui operar na maior felicidade. Segundo o médico eu voltaria a andar de novo, mas claro, se meu foco estiver voltado para a recuperação com disciplina em todas as fases.
Não foi fácil! O primeiro mês após a cirurgia, e parado num sofá a base de medicamentos, me deixou louco. Nenhuma mídia foi colocada em aparelhos para ver ou ouvir skate, já que não é bom criar expectativas e precipitações. Pacientemente o tempo foi correndo, assim como as sessões doloridas de fisioterapia e musculação.
Já estou andando, mas ainda sem bater ollie e falta mais um mês de musculação. Ando sem forçar e reconheço que o tempo irá fazer sua parte.
Completando um ano após esse acidente, quase abandonando o skate como praticante, tiro várias lições construtivas das quais recomendo a todos. Andar de skate é, e sempre será uma sensação única, mas não deixa de ser uma atividade física de altíssimo impacto. Por isso é bom que o skatista seja também um esportista, no que diz respeito a preparar seu corpo para os impactos que irá submetê-lo. Alongamento, aquecimento, propriocepção, musculação... Estas palavras poderiam ser mais usadas pela galera, fazendo seu rolê evoluir e evitar acidentes com lesões e traumas futuros.
Se você se machucar - tomara que não - o melhor caminho é procurar quanto antes um especialista na área, e se ainda não se machucou, prepare seu corpo. Ele vai agradecer em forma de manobras.
Agradecimentos a Deus, Carla Caixeta, minha família, Dr Flory M. sobrinho e equipe, ao fisioterapeuta Luis Gustavo Fonseca, e aos amigos do skate, que me fazem estar eternamente jovem. Valeu.
Por Mauricio Magalhães.”
Com certeza as palavras do Mauricio, mostram bem o intuito do nosso trabalho diário com o skate, de treinar e reabilitar skatistas com o objetivo de aumentar sua vida útil sobre o skate, e tomara que este trabalho de conscientização aumente cada vez mais para não termos mais skatistas parados devido a graves lesões.
Gostaria de agradecer aos amigos do Skate Brasília pela parceria nesta matéria, em especial ao Mauricio Magalhães.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
Gostaria de agradecer aos amigos do Skate Brasília pela parceria nesta matéria, em especial ao Mauricio Magalhães.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
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