Um dos maiores medos entre todos os skatistas é o da lesão, principalmente se ela ocorrer na região da cabeça. Com certeza muitos já caíram ou já viram alguém cair e bater a cabeça no chão ou em algum local próximo durante uma sessão de skate, e estas quedas podem causar lesões tanto externas como internas no crânio.
A maior parte das lesões cranianas são de menor importância pois o crânio propicia uma considerável proteção ao cérebro contra lesões. A maioria das lesões na cabeça é considerada leve, mas podem ser um problema grave.
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico.
O Traumatismo Cranioencefálico constitui a principal causa de óbitos e seqüelas em pacientes multitraumatizados. Entre as principais causas estão: acidentes automobilísticos (50%), quedas (21%), assaltos e agressões (12%), esportes e recreação (10%). No Brasil, anualmente meio milhão de pessoas requerem hospitalização devido a traumatismos cranianos, destas, 75 a 100 mil pessoas morrem no decorrer de horas enquanto outras 70 a 90 mil desenvolvem perda irreversível de alguma função neurológica.
O TCE apresenta dois tipos de lesões, as primárias e as secundárias, sendo que as lesões primárias ocorrem segundo a biomecânica que determina o trauma, já as lesões secundárias ocorrem segundo alterações estruturais encefálicas decorrentes da lesão primária bem como de alterações sistêmicas decorrentes do traumatismo.
Podemos encontrar três tipos de TCE o traumatismo de crânio fechado, a fratura com afundamento do crânio e a fratura exposta do crânio. O quadro clínico é extenso e variável de acordo com o tipo de trauma e a classificação de risco se divide em baixo, moderado e alto.
O mais importante no caso de um TCE na sessão de skate é o socorro imediato e correto do paciente e a rápida avaliação médica, o indicado nestes casos é chamar o serviço de Resgate para fazer o transporte até o hospital mais próximo.
As informações sobre o acidente devem ser colhidas de observadores. Deve-se procurar saber sobre a causa do traumatismo, a intensidade do impacto, a presença de sintomas neurológicos, convulsões, diminuição de força, alteração da linguagem, e, sobretudo, deve-se documentar qualquer relato de perda de consciência, para a equipe médica iniciar o tratamento cabível para a situação.
O uso do capacete para todas os skatistas que andam em pistas pode ser uma maneira de minimizar os efeitos de traumas na cabeça, mas para os skatistas que andam na rua o uso do capacete é opcional valendo assim o bom senso e o cuidado de cada um.
Que “Chacrinha” esteja em paz e Deus conforte seus familiares e amigos.