quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Entrevista - Savave

Skate é música são coisas que caminham lado a lado, quem não gosta de escutar aquele som style na hora da sessão ou então dar aquela relaxada depois do role com uma boa música saindo dos falantes. Fora os vídeos de skate onde muitas partes foram marcadas não só por manobras, mas também pela sua trilha e temos muitos casos onde à música se tornou conhecida após ser trilha de algum vídeo e cair no gosto dos skatistas.
Puxado por esta ligação do skate com a música, o entrevistado do mês no Skate Saúde é um grupo de rap oriundo de Curitiba, cidade brasileira que tem se destacado no cenário do rap por seus inúmeros talentos, e que segue a mesma linha no skate, afinal grandes nomes do skate mundial saíram de lá.
As vésperas de lançar seu novo álbum conversamos com a dupla Thiago “Prodigo” e Nave para saber as novidades do Savave autor de uma das trilhas do ultimo vídeo do Skate Saúde. Então sente o peso que invade, e toma conta da vibe, e faz tremer o chão, vocês perguntam quem são eu te digo é Savave!

Nomes: Thiago Prodigo e Nave (SAVAVE)
Idades: 27 e 29 anos
Tempo de skate: mais de apreciação do que prática
Tempo de música: Savave quase 10 anos
Local: Curitiba - PR
Patrocínio: Sallve

SS- Como iniciou a relação de vocês com o skate?
Em Curitiba até meados dos anos 90 era muito fácil se envolver com o skate. Essa época o mercado era muito bem representado por marcas como a Drop Dead e a Maha, dessa maneira que acabamos tendo uma acessibilidade bem grande ao skate.

SS- E o rap, como foi o primeiro contato de vocês com a música?
Difícil definir um primeiro contato, mas algumas lembranças se fundem ao skate justamente pelas trilhas dos vídeos, outras passam pelos tempos da MTV com o YO! apresentado pelo Primo Preto ou o Rodrigo Brandão, também apresentando o Radiola e o Flashblack, por ai vai.

SS- Onde vocês costumam a andar de skate e quem são os principais companheiros de sessão?
Costumávamos (risos)! Os companheiros de sessão sempre foram os amigos do bairro mesmo.

SS- Curitiba é o berço de vários skatistas de peso do cenário mundial como Gerdal, Alex Carolino, Cerezini, Rodrigo Lima entre outros, a que se deve este fato e quem são os novos nomes que vem se destacando por ai?
Curitiba sempre foi um celeiro de talentos e vai continuar sendo. A atmosfera do skate na cidade foi um dos motivos que proporcionou esse destaque. Já tivemos campeões mundiais e hoje temos grandes nomes do mercado mundial como você mesmo já citou. Dos destaques, acho que não podemos deixar passar em branco, mas o Renato Souza está com um role cabreiro!

SS- Outro grande destaque na cidade foi o surgimento da Praça CWB que trouxe um conceito inovador de pista de skate para o Brasil, quais os benefícios que a praça trouxe e como vocês se sentiram com a notícia do seu fechamento?
Uma perda inacreditável! O pico era próximo a minha casa (Thiago Prodigo) e sempre que passo por ali não acredito que vai ser um prédio residencial. A gente sempre tava presente nos eventos e lá acabou se tornando um ponto de encontro também. O beneficio era a prática do skate em um lugar único, sem igual, com uma estrutura difícil de encontrar. Pena que nenhuma grande marca olhou para a praça.

SS- Atualmente o Paraná apresenta algumas das principais marcas de skate do país, como vocês enxergam o mercado local?
Engraçado falar do mercado. Sempre ouvimos falar que está em crescimento, mas nunca fazendo grandes investimentos ou levam a extrema lógica do consumo e esquece-se de investir em atletas.

SS- Por que do nome Savave?
Savave vem de uma brincadeira com SAC (serviço de atendimento ao consumidor). Antes apresentávamos o S.a.v.a.ve como uma sigla (Serviço de Atendimento a Vitimas do Atropelamento Verbal), mas acabou agregando mais valor como uma palavra. Hoje apresentamos a palavra Savave tendo como significado Thiago Prodigo e Nave.

SS- Quem são as grandes influencias de vocês na música e no skate?
Na música se tornou notável nossa influencia pelo J Dilla. Influencias sempre são várias, nós sempre trocamos muitas informações sobre música, das velharias as novidades. No skate, vai de Gerdal, Alex Carolino, Cesar Gordo, Fabio Cristiano, Tutu, Naccarato, Haroldo Carabetti (esse é das antiga), Rogério Mancha, pessoas que sempre vimos andar.

SS- Curitiba apresenta uma safra fantástica de beat makers e artistas que estão fazendo da cidade um pólo do rap nacional, como vocês que fazem parte desta cena enxergam tudo isso?
Todos aqui em Curitiba sempre trabalharam em prol desse reconhecimento e de poder chegar a outros lugares com nosso som. E é bem gratificante ver isso acontecendo.

SS- Atualmente vocês conseguem viver só da musica ou vocês tem algum trabalho paralelo?
O corre está sendo grande para que isso possa acontecer (risos).

SS- Quem são os principais nomes do Hip Hop Curitibano atualmente e quais são os nomes da nova geração que devemos ficar atentos?
Savave (risos)! Tem muita coisa acontecendo por aqui, vários grupos e mc lançando disco. Mas tem a Karol Conká que ta chegando logo mais com seu disco, tem também o mc Bigue e Andrezinho Laudz, Dario Beats e Cadelis chegando com seus trampos logo mais. Várias coisas acontecendo e para acontecer!

SS – O que podemos esperar deste novo álbum do Savave e qual a previsão do lançamento?
Lançamento para o começo de dezembro, provavelmente dia 1°, o disco se chama “Versão Extendida” fazendo uma alusão a extensão, pois os nossos dois primeiros lançamentos foram em formatos diferentes, o primeiro em 2004 foi uma fita k7 (vindo de baixo um som pra tocar alto) e o segundo foi uma mini cd (feito sob medida) em 2008, então resolvemos continuar com a ideia de brincar com o formato da mídia. Um Cd seria uma extensão do Savave, algo em tamanho maior, mais Savave (risos).

SS – Vocês podem adiantar alguma coisa do novo álbum, participações, vídeo clips, parcerias e como tem sido a aceitação do publico com a música “Não Pesa”?
Ano passado lançamos o Single “Sente o peso”, mês passado lançamos o “Não pesa” e exatamente alguns minutos atrás lançamos o “Tudo por” com participação do Black Alien. A aceitação está sendo legal e gratificante. Estamos considerando um recomeço para o Savave, pois estávamos a um bom tempo sem lançar nada. Clipe temos algumas idéias, que a principio serão colocadas em pratica logo após o lançamento do disco. As participações e produções vão ser reveladas logo mais (risos)!

SS- Quais os planos para o futuro?
Do Savave é o disco e finalizar mais alguns projetos que temos na manga.
Savave ta na casa amigo!

Agradecimentos:
A lista é grande, mas agradecemos a quem estiver lendo isso!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Cidade e a Tribo Skatista

A evolução do skate é algo notável não só no nível de manobras, mas em muitos outros sentidos. O Brasil é um bom exemplo para mensurarmos este fato com o número de praticantes que cresce a cada dia, o mercado que pouco a pouco vem se solidificando, a qualidade das mídias de skate (revistas, vídeos e internet) são só alguns exemplos, mostrando que há muito tempo o skate deixou de ser uma simples brincadeira.
Em 2003 quando iniciei meu trabalho de conclusão de curso para a faculdade de Educação Física me deparei com um grande problema na hora de falar sobre o skate, a quantidade de artigos científicos disponíveis na época, que era muito pequena, realidade bem diferente hoje, onde temos até um circuito universitário de skate.

Nos últimos tempos várias pesquisas surgiram, tomando a prática do skate como tema. Prova desta também “evolução acadêmica” do skate está na publicação do livro “A Cidade e a Tribo Skatista: juventude, cotidiano e práticas corporais na história cultural” escrito pelo Mestre Leonardo Brandão que aborda o skate sob o holofote da história cultural, a partir de suas práticas e representações no espaço urbano.
Este livro é indicado para todos aqueles que queiram pesquisar o skate a partir das mais variadas áreas, seja nas Ciências Sociais, Educação Física, Comunicação Social, História, dentre outras. Vale lembrar que Leonardo Brandão é mestre em História pela UFGD e doutorando pela PUC-SP.
Um livro muito bom e de fácil entendimento, que não pode faltar na coleção de quem estuda e vive o skate, pois este é mais um marco na história do skate nacional. Para adquirir o livro é muito fácil: basta entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail brandaoleonardo@uol.com.br , que ele despacha para todo o país.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A importância do Treinamento Físico no skate

O skate é uma atividade de auto-impacto que vem evoluindo a cada dia, o nível das manobras e os obstáculos onde elas acontecem vem se tornando cada vez mais difíceis. Conseqüentemente o nível de exigência física dos skatistas aumenta a cada dia, para assim poder acompanhar a evolução do skate.

Com isso as palavras equilíbrio, força, resistência, propriocepção, balance, lateralidade passam cada vez mais a fazer parte do vocabulário dos skatistas. Todas estas valências físicas são treináveis e fazem um grande diferencial quando se esta sobre o skate.

O treinamento físico trás para o skatista alem da melhora de performance a diminuição do risco de lesões e diminui o tempo de reabilitação após uma lesão, fatores importantes para se prolongar a vida útil sobre o skate.

Um dos que vem se dedicando a melhora do condicionamento físico é o skatista amador de Guarulhos, Marco Antonio (City Fellaz, Lamina, Converse) que já há algum tempo vem realizando um treinamento específico para o skate aqui na clínica.

Após a realização de algumas avaliações é montada uma periodização do treinamento, e são realizados microciclos específicos visando seus compromissos como viagens, campeonatos, sessões de fotos e vídeos, podendo assim otimizar seu desempenho sobre o skate.

Durante o treinamento são utilizadas diferentes técnicas que vão desde a corrida ao treinamento funcional, passando pela musculação e o fit board, entre outras técnicas, todas elas com objetivos bem definidos e cada uma no seu período ideal de utilização.

O treinamento tem trazido ótimos resultados para o Marco Antonio, quem alem de diminuir muito seu número de lesões tem apresentado um nível altíssimo de skate como podemos ver no vídeo.

Esperamos que cada vez mais skatistas tenham a noção de como é importante o treinamento físico no skate, pois alem da melhora no desempenho, diminui o risco de lesões e aumenta sua vida útil sobre o skate. Quem quiser saber mais sobre o nosso trabalho de condicionamento físico é só entrar em contato.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Circuito Universitário de Skate 2011

No ultimo sábado o Skate Saúde esteve presente em mais uma etapa do Circuito Universitário de Skate, desta vez no CEU Butantã .
Com um calor muito forte o bowl do CEU Butantã literalmente pegou fogo com os skatistas universitários que mais vez mostraram muito skate no pé.
Mais uma vez a etapa não apresentou grandes intercorrencias de lesões, somente o skatista Caio Valente teve um pequeno problema no ombro, que não o impediu de continuar na pista.

O dia começou com a categoria Amador 2. Vencedor da 1º etapa do Universitário de Skate, na Praça Dina, e vindo de grandes resultados no Sampa Skate e no Circuito Maremoto, Victor Cardoso (Unisant’Anna) não passou da 6º colocação, atrás de Eli Celso Rosa (FMU), 5º colocado e Pedro Bet (ESPM), 4º. Mesmo andando toda a final com o ombro deslocado, Caio Valente (FAAP) fez jus ao sobrenome e conquistou a 3º colocação, mandando boas manobras como fs nosepick, ss bleanplant, entre outras. Em 2º ficou o skatista da FGV Thomas Rosen, que abusou da velocidade em linhas fluidas, mandando fs e bs rockslide to fakie. Já o campeão do Amador 2 foi Thomas Silva, da Unicid. Usando um semi long, Silva mostrou-se bastante solto, mandando excelentes manobras como boneless e bean plant no caixote, entre outras, e assim conquistar o título da categoria.

Em seguida, foi para o Banks as meninas do Feminino 1. Novas participantes deram uma nova cara para a categoria, mostrando o franco crescimento do skate feminino nos mais diversos ambientes. A campeã foi a aluna de arquitetura da FAAP Marina Leuzzi. Local do Clube Pinheiros, Marina mandou bons carvins, fs grinds na base, estreando no circuito com uma vitória. Em 2º lugar ficou Renatinha Paschini (Metodista), seguida por Alexandra Estefanoni (Unip).

De longe a categoria mais disputada, o Amador 1 contou com a participação de 28 skatistas, de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Campeão do ranking final no Amador 1 em 2010, Micke Velozo (Uninove) ficou com a 3º colocação, atrás de Guilherme Rocha (Anhembi Morumbi), que mandou variações de blunt e fs tailslide no caixote alto. O vencedor no Amador 1 foi Leonardo Gussi (Metodista), que em três voltas seguras, mandou boas manobras de borda, fs ollie, entre outras, para ficar com a 1º colocação.

Por último, a principal categoria em disputa: o Profissional. Dez participantes divididos em duas baterias competiram no sistema de Jam Session ordenada, com volta de até 45 segundos, ou até cometer um erro. Em terceiro lugar ficou Marcos Camazano (Unisant’Anna), que mandou manobras técnicas de grind nas bordas e carvings, com destaque para um ss disaster reverse. Voltando de contusão, Diego Fiorese (Esef) mostrou estar plenamente recuperado, iniciando suas voltas com ollie e flip rall in, mandando fs feeble grind, fs nosegrind, levantando o púlbico e sua torcida.

Mas a vitória ficou mesmo com Roger Mancha (Estácio de Sá), que usou toda sua experiência para levar mais um título. Em quatro linhas sem erros, Mancha mandou várias variações complicadas como fs huricane, blunt to mayday e usou muito bem os caixotes para mandar fs tailslide e fs Smith saindo do Banks, conquistando de forma incontestável mais uma vitória no CEU Butantã.

A final será realizada no dia 20 de Novembro, provavelmente na Pista da Espraiada, localizada na Avenida Jornalista Roberto Marinho, antiga Águas Espraiadas, portanto fiquem ligados no ranking para saber quais skatistas farão parte desta grande festa.