“Bons momentos” é assim que podemos definir o relacionamento do nosso entrevistado do mês com seu skate. Local da extinta Praça CWB, um dos melhores picos que já existiu no Brasil, leva a vibe e a base adquirida lá para as ruas do mundo. Com muito estilo e manobras pesadas se tornou um dos principais amadores do país dando passos importantes rumo a profissionalização. Parte em vídeo, capa e diversas manobras de impacto fazem parte do seu portfólio, o carisma somado a sua alegria em andar de skate contagia quem esta perto. Nosso entrevistado do mês é Daniel Mordzin, que a cada dia vem firmando definitivamente seu nome no skate brasileiro com muitos bons momentos e histórias para contar.
Nome: Daniel Mordzin
Idade: 23 anos
Tempo de skate: 12 anos
Local: Curitiba/PR
Patrocínio: ÖUS,Cisco,Pilaco Palace ,Official
SS- Fala Daniel, para começarmos gostaria que você falasse sobre um momento especial na vida de qualquer skatista, o momento em que você descobriu e começou a andar de skate?
Eu conheci o skate não tão cedo, tinha 11 anos na época e comecei a me aproximar através de amigos mais velhos que já andavam e eu sempre tava ali esperando o momento que algum se cansasse para que eu pudesse andar também, em dezembro ganhei um da minha mãe, meu próprio skate de presente de natal e foi onde começou esse amor pelo carrinho.
SS- Curitiba é a cidade de vários skatistas cabreiros e de algumas das principais marcas do skate brasileiro, como são as sessões ai na cidade e porque surgem tantos talentos?
Curitiba é uma cidade que desde que conheci o skate sempre foi berço de muitos talentos, acredito que isso seja um dos fortes motivos, pois é muito bom você crescer no skate tendo em quem poder se inspirar, isso ajuda muito, sem contar diversos picos na rua e as plazas que temos para nos divertir, as sessões aqui são de muitas risadas, registros, diversão e o principal muito skate.
SS- Você era local da Praça CWB, o que certamente influenciou muito na forma como voce anda, como foi ficar órfão da plaza?
Foi muito triste, nem acreditava no que estava acontecendo, o lugar onde eu podia andar como se realmente estivesse na rua, mas sem me preocupar com seguranças ou incomodo de ninguém, estivesse chegando ao fim.
Tentamos até o final com que permanecesse aberta, hoje no local construíram 2 prédios enormes e eu só tenho a agradecer pelos 3 anos de Praça CWB, que me proporcionaram muitas coisas boas em minha carreira como skatista.
SS- Sua entrada oficial na Cisco foi durante a inauguração da “Cisco Skate Plaza” que é um marco no skate brasileiro, como é ter ela disponível para andar e o que você mais gostou nesta parte que foi recém-construída?
A melhor coisa para se evoluir é ter lugares perfeitos e sempre disponíveis para se andar com meus amigos, e hoje é aqui na Cisco Plaza onde eu encontro isso ,na segunda parte o que mais me chamou a atenção foi um set de escadas meio grande mas perfeito para manobrar.
SS- Você ganhou um belo presente na sua entrada na Cisco, como foi ver o shape com o seu nome e o que isso significou para você?
Foi muito emocionante, até pessoas que estavam na festa acharam que era um Promodel, mas era apenas uma forma singela da Cisco me dar “boas vindas”.
E para mim foi um grande marco, olhar para aquele shape com meu nome me motiva cada vez mais.
SS- Um skatista permanecer muito tempo em uma única marca até hoje é algo pouco comum no Brasil, você esta com a ÖUS desde o início da marca, como surgiu o convite para fazer parte do time e como é trabalhar em uma marca desde o início?
O convite aconteceu ainda na existência da CWB, o Gui Labiak idealizador da praça conversou comigo sobre algo que o Narciso estava fazendo ,e que era para eu continuar me empenhando que logo ele falaria comigo,alguns meses depois surgiu a proposta quando eu Gui e Narciso nos reunimos, ai então fiquei sabendo que era uma marca de tênis e que eles queriam que eu fizesse parte do time.
Trabalhar em uma marca desde o inicio é muito bom, pois você acompanha o crescimento passo a passo, sabe das dificuldades que a marca passa, e cada ano que passa você trabalha mais em prol dela querendo com que a “família” cresça.
SS- A ÖUS tem uma metodologia de trabalho diferenciado sempre realizando collabs e apresentando sempre grandes novidades, como foi o desenvolvimento da sua collab com a marca e como é ver o tênis depois de pronto no pé de outros skatistas?
Surgiu através de uma das coleções da marca, que teria um tema que se chamaria “Escolha da Equipe” onde teríamos que escolher um modelo e um tema característico de cada skatista e trabalhar em cima da forma que achássemos mais a nossa identidade, no meu caso escolhi o leve um modelo que curtia muito andar na época e o tema de “Bons Momentos”.
Sair na sessão e ver alguém usando o tênis é gratificante de mais, sinal que o que você desenvolveu foi reconhecido.
SS- Fazer a capa de uma revista é um sonho para a grande maioria dos skatistas, quando você acertou aquele nollie flip noseslide cabreiro na borda alta já imaginou que seria capa ou também foi uma surpresa quando viu a revista?
Estava fazendo sessões para minha entrevista na 100% skate que sairia em breve, focado somente em produzir material, quando terminei de fazer o trabalho e foram mandadas as fotos para revista e soube da confirmação da matéria fiquei muito feliz, mas quando soube que seria capa com a manobra da borda me senti de uma forma que nunca tinha sentido antes.
SS- Você teve parte no Sinergia, como foi participar deste projeto e filmar sua primeira vídeo parte?
Foi muito bom viajei por lugares do Brasil que ainda não tinha ido, conheci e pude andar com ótimos skatistas, fazer uma vídeo parte exige muito de cada pessoa, faz com que você abra a mente e cresça.
UNI TRICKS COM DANIEL MORDZIN from ÖUS on Vimeo.
SS- Ser skatista profissional é uma meta para todos os amadores, mas poucos conseguem alcançar este objetivo, como saber que é a hora certa de passar para pro?
No meu ponto de vista não tem hora certa, primeiro você segue trilhando uma carreira como skatista AM se esforçando o máximo para agir como tal, e a profissionalização vai ser conseqüência disso.
SS- Recentemente você esteve em Barcelona, como foi conhecer esta nova cultura e o que você importaria de lá para o Brasil?
Foi irado, tudo é muito perfeito pude absorver muitas coisas boas como um pouco do espanhol e muitas amizades estrangeiras. Para o Brasil traria o MACBA com certeza (risos).
SS- E os EUA, vontade de conhecer e voltar ou tem a pretensão de fazer carreira lá fora ?
Primeiramente em conhecer, manobrar em lugares que eu já tenho em mente e novos também, depois de ter feito isso bem certinho vejo o que fazer.
UNI TRICKS COM DANIEL MORDZIN from ÖUS on Vimeo.
SS- O skate tem uma relação estreita com o mundo das artes, vejo que você gosta de tatuagens, como começou esta paixão e tem algum desenho que ainda planeja fazer?
Gosto de tatuagens tem algum tempo, começou quando um amigo meu queria começar a tatuar e precisava de uns cobaias, ai me ofereci para ele fazer uns trampos e desde então viciei mesmo na arte e quero ainda fazer muitas tattoos pela frente, bolando de fazer uma dedicada a minha família que sempre me apoiou na caminhada.
SS- O que você acredita que falta para o skate brasileiro crescer ainda mais?
Acredito que não muito, pois talentos e força de vontade para fazer nos temos, mais um pouco de união e sabedoria entre marcas e skatistas acredito que ajudaria muito.
SS- Para fecharmos quais os seus planos para o futuro?
Evoluir em todos os sentidos.
BARCELONA, A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE from ÖUS on Vimeo.
Agradecimentos: Obrigado Deus, Skate Saúde pelo espaço, famílias ÖUS, Cisco, Pilaco Palace, Official pelo suporte, e todas que vivem uma vida em cima do skateboard...paz!
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