O resultado, um dos amadores mais técnicos e com um pop absurdo da atual cena do skate brasileiro. Cidadão do mundo segue manobrando pesado e coletando imagens para uma parte de vídeo muito aguardada por todos.
Buscando sempre a evolução no skate, alem de manobrar começa a trabalhar nos bastidores do mercado pensando sempre em acrescentar algo positivo, confira como foi nosso papo com Gustavo Malagoli, entrevistado do mês no Skate Saúde
Idade: 24 anos
Tempo de skate: 13 anos
Local: Florianópolis
Patrocínio: Crystalgrip, Meth e PC3 skateboards
SS- Salve Malagoli, você é de Floripa uma cidade de grande expressão no surf, como surgiu seu interesse pelo skate?
Então quando eu era bem moleque mesmo até pegava umas ondas, mas eu morava muito longe da praia, era meio que inacessível para eu ir surfar, eu era novo, morava longe e já andava de skate. Quando fizeram uma rua de asfalto perto de onde eu morava, deu uma facilitada para dar um role de skate, logo depois descobri a prefeitura da cidade onde eu morava em São José, era um chão de granilite perfeito e já tinha uma galera andando com uns palcos e corrimãos no solo, e isso deu uma empolgada, então optei por dar um gás a mais pelo skate.
SS- Quem são suas principais influencias no skate?
Me influencio desde de os caras que estão comigo dia a dia na sessão como com os outros que vemos nos vídeos direto. Dwayne Fagundes, Victor Sussekind, Marcelo Garcia, Ricardo Leonardo, Thiago Lemos, Jp Dantas, Sam Baptista, Stivie Willians, Daewon Song, Carlos Iqui, Wagner Ramos, Javier Sarmiento, Carlos Ribeiro, Wade Desarmo e muitos outros que não me recordo agora (risos).
SS- Floripa nos últimos anos tem revelado bons skatistas, como anda a cena do skate na cidade e quais os principais picos para se colar?
Tem muita gente andando bem em Floripa entre eles Victor Sussekind, Marcelo Garcia , Alex ET e agora uma revelação da Trindade o Luiz Neto, o Denis Pitigliante de Tubarão também é uma grande promessa e dentre outros que agora não me vem a mente.
O skate em Floripa cresceu muito nesses últimos 5anos, falo em questão da quantidade de pessoas que estão andando e da evolução da galera também, tem muita gente e essa galera carece de um pico realmente com qualidade para andar no momento. O pico mais tradicional é a quadrinha da Trindade que é onde a galera se encontra, é bem localizado, alem de alguns picos de rua pelas redondezas.
SS- Você é um skatista que tem manobras muito técnicas e um pop absurdo e que sempre se destaca em campeonatos, qual a sua opinião sobre os campeonatos amadores que tem acontecido no Brasil?
Então como passei um tempo fora viajando eu não tenho colado muito nos campeonatos, sempre curti colar nos campeonatos, mas atualmente tenho me dedicado a filmar um material legal para lançar logo menos uma parte pela Crystagrip.
SS- Recentemente você passou uma temporada na Austrália, como surgiu a ideia de ir para lá e como foi manobrar na terra dos Cangurus?
Já tinha alguns amigos por lá que me botavam uma pilha, resolvi ir, comecei a colar na Plaza de Waterloo, localizada no centro da cidade até que conheci um videomaker o Stwart da Hideaf Vídeos e o Cody Riley que era um moleque que fazia um role da hora.
Eles eram locais e já andavam na cidade de Sidney há vinte anos, então eles conheciam a maioria dos picos da cidade e os dias de andar nos picos. Coletamos umas imagens da hora que logo menos já vão estar na web.
SS- Você é um skatista que filma bastante, quais as partes de vídeo que mais te impressionaram até hoje?
Stevie Willians no DC Vídeo, Bob Burnquist no vídeo da Flip, Daewon Song no Decavision a “mili” anos atrás. Guy Mariano recentemente no Pretty Sweet, Josh Kalis no DC Vídeo, Alex Carolino no Chiclé 12, Rodrigo TX no The Firm entre outros.
SS- Música é algo fundamental na vida de todas as pessoas, quais os sons que você tem escutado ultimamente?
To curtindo bastante Boot Camp Click , French Montana, Kendrik Lamar, Gucci Manne, Ogi, DBS a Quadrilha, Rick Ross, Costa a Costa, Criolo, Notorious Big, Beanie Seagel, Juicy J entre outros que agora não me lembro.
SS- Você faz parte do time da CrystalGrip uma das marcas que mais prometem no mercado brasileiro, como foi sua entrada para o time e como tem sido seu trabalho com a marca?
A gente já vem trabalhando com a marca ha aproximadamente 1 ano, conta com a equipe formada por Jp Dantas, Dwayne Fagundes, Neverton Casella, Guyri Reyes, Alexandro Correia e Ricardo Leonardo e alem de atleta também sou envolvido diretamente com a marca junto com o fundador Cássio Rodrigues e o outro sócio Guilherme Zanin.
Estou trabalhando em uma vídeo parte que logo vamos lançar no site da marca, a parte foi filmada em três países Estados Unidos, Austrália e Espanha, acredito que dentro de algumas semanas a gente já esteja lançado no site da marca que é www.crystalgrip.com.br .
SS- Atualmente você esta passando uma temporada nos EUA como tem sido as sessões por ai e com quem você tem andado?
Sempre que podemos estamos na missão das imagens, a sessões tem sido constantes e estão rendendo algumas imagens. Tenho andando mais com a galera do Brasa, Carlos Iqui, João Pedro Árabe,Yuri Fachini,Carlos Ribeiro, Felipe Ortiz, Cássio Rodrigues que é a galera que está morando aqui em Long Beach agora e são os mais próximos. Nos fins de semana encontro alguns outros amigos como Rodrigo TX e o Binho do FaveLA, entre outros gringos.
SS- Se você pudesse construir uma pista com os 5 picos mais da hora que voce já andou, quais você escolheria para formar a pista?
Parallel em Barça, Escolinha Vermelha em Downtown LA, Plaza da Medicina na Argentina, o antigo Angeloni em Tubarāo que eu curtia muito andar e o Macba, já estava lindo (risos).
SS- Andar de skate na Europa é o sonho de muitos skatistas brasileiros, você já teve a oportunidade de andar por lá, quais as suas principais lembranças desta viagem?
Sim já estive por lá quando ganhei o circuito catarinense e levei uma moto e a passagem para Barcelona e tive a oportunidade de conhecer o lugar que é perfeito, você não tira o skate do chão para nada, os picos são muito perto um do outro, você não depende de carro para fazer o role render e ainda por cima escurece somente as 10 da noite na temporada de verão e a sessão se torna bem mais longa e produtiva, quem nunca foi vale a pena se agilizar para conhecer.
SS-O que falta para o skate brasileiro crescer ainda mais?
Acho que falta as pessoas certas por trás das coisas, do mercado do skate. Quando os skatistas de verdade estiverem por trás disso, os que realmente correm pelo skate e acredito que esse momento vai chegar.
SS- Você é um skatista que viaja muito e conhece vários lugares do mundo, a cultura dos países acaba influenciando no estilo dos skatistas ou indiferente do lugar somos todos iguais?
Por base dos lugares que eu já fui através do skate, notei que skatista é uma parada universal, pensamos igual, obvio que tem a suas exceções, mas acho que todos corremos pelo mesmo objetivo que é nos divertir, viajar com as pessoas certas, tudo em função de manobrar e se divertir.
SS- No skate aprendemos muitas lições que servem para a vida toda, o que de mais importante o skate te deu até hoje?
Acho que foram as amizades que conhecia através do skate, conheci muita gente nesses 13 anos de caminhada no carrinho e os lugares que tive a oportunidade de conhecer através dele.
SS- Quais os seus planos para o futuro?
Quero me dedicar agora totalmente em função da nossa marca, correndo atrás para abrir novas portas e levar ela pra frente e assim acrescentar algo bom para o skate. E fazer o que sempre fiz viajar, evoluir e fazer novas imagens como é o objetivo da maioria dos skatistas.
Agradecimentos: Deus, Família Fraga e Malagoli, Crystalgrip Crew, Pc3 skateboards, galera da Trindade, Pc3, Tubarão, Criciúma, Porto Alegre, São Paulo, Cwb, Hideaf Vídeos, a rapaziada de Floripa e a todos que me ajudam direta ou indiretamente na função do dia a dia. Valeu muito obrigado.
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