O skate esta em constante evolução e com o isso o nível das manobras não para de subir e consequentemente o risco de lesão para quem não tem um bom preparo físico também aumenta.
Esta semana em sete anos de existência do Skate Saúde atendi o primeiro skatista com um fratura no cotovelo, local teoricamente fácil de lesionar andando de skate. O local de maior incidência de lesões no cotovelo é o olecrano, que por sua posição anatômica apresenta maior vulnerabilidade aos traumas.
As fraturas podem ocorrer de duas formas, a primeira seria o trauma direto onde skatista cai sobre o cotovelo ou bate ele em algum local. A segunda seria o trauma indireto onde com uma queda sobre a mão estendida com o cotovelo em flexão, acompanhada por uma forte contração do tríceps, pode resultar em uma fratura transversa ou obliqua através do olecrano e finalmente, uma combinação de trauma direto e indireto, na qual tanto a contração muscular quanto o trauma direto atuam juntos, podendo produzir fraturas cominutivas com desvio.
No caso deste tipo de lesão o primeiro atendimento é muito importante visando não agravar ainda mais o quadro. Cuidados no transporte e na imobilização inicial são de extrema importância. O médico vai realizar alguns exames clínicos e vai pedir um raio-x para confirmar o tipo de fratura e posterior a isso escolher a melhor forma de tratamento.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. No caso do tratamento cirúrgico são feitos os procedimentos cirúrgicos necessários e logo após isso o paciente já inicia a fisioterapia com vistas a diminuição de dor, ganho de mobilidade e força, volta da rotina normal e posterior a isso a volta ao skate.
Já no tratamento conservador o paciente vai permanecer imobilizado com gesso por um período definido pelo médico que vai variar dependendo do tipo da fratura. Após esse período inicia-se uma imobilização parcial onde a fisioterapia começa a trabalhar mais efetivamente com a crioterapia e pequenas mobilizações.
A próxima fase do tratamento já da inicio ao ganho de flexibilidade e força no local, visando acabar com a rigidez articular e o déficit de extensão do braço. Técnicas específicas com Kabat podem ser utilizadas para acelerar o processo. Exercícios na água como a natação ou atividades com arremesso de bola podem ajudar muito nesta fase do tratamento.
A ultima fase é a volta ao skate, onde o skatista já deve estar totalmente recuperado e independente nas suas atividades diárias. Manobras simples são indicadas nesta etapa no tratamento até o skatista retomar a confiança e seu corpo se readaptar as demandas físicas que o skate exige.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
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