sábado, 15 de dezembro de 2018

Fadiga muscular em skatistas

Sabe aquela sensação de fraqueza, dor e cansaço extremos após uma sessão de skate mais puxada? Há grandes chances de ser fadiga muscular, o músculo esquelético possui a capacidade de produzir elevados níveis de energia que geram resistência, força e potência.
Uma incapacidade de manter essa produção de energia designa-se por fadiga neuromuscular, fenômeno que pode manifestar-se de forma aguda, após uma ou outra sessão esporadicamente, ou cronicamente, como em uma espécie de overtraining quando o skatista não tem condição de andar de skate por vários dias.
A fadiga muscular pode acontecer com qualquer um que se submeta com frequência a um esforço maior que sua capacidade, podendo, inclusive, prejudicar articulações e sobrecarregar outras partes do corpo, caso o problema seja negligenciado.Esta complicação pode se manifestar de duas formas nos skatistas, como fadiga central ou fadiga periférica. A fadiga central pode provir de uma ou mais estruturas nervosas envolvidas na produção ou manutenção do controle da contração muscular, relacionados aos processos de formulação do padrão motor (envolvendo o córtex cerebral, cerebelo e junções sinápticas) e pode acontecer em atividades de longa duração. A fadiga tem relação com a variação das concentrações de glicose sanguínea, de aminoácidos de cadeia ramificada (conhecidos como BCAA) e da síntese de alguns neurotransmissores.
Isso valida a importância do consumo de carboidratos antes e durante os treinos, de uma ingestão adequada de proteínas e aminoácidos durante o dia e de uma alimentação variada. Já a fadiga periférica é aquela que tem suas causas no músculo esquelético. Geralmente acontece por causa de uma falha ou limitação de um ou mais processos na unidade motora, isto é, nos neurônios motores, nervos periféricos, nas ligações neuromusculares ou fibras musculares.
Em sessões prolongados, a fadiga periférica tem relação direta com outros mecanismos, como a redução nas concentrações de cálcio no músculo que comprometem a tensão gerada pelas fibras musculares, a perda de glicogênio, o desequilíbrio hídrico e eletrolítico e a elevação da temperatura corporal.
Muita gente acha que fazer o day off (um dia na semana sem andar de skate, ou alternar uma sequência de dias manobrando com dias de descanso) é perda de tempo, quando na verdade o descanso é importantíssimo para evoluir. Quem vai além do sugerido, pode sentir que não consegue evoluir e obviamente desenvolve a fadiga muscular.
Vale lembrar que em ambientes quentes e úmidos, como, por exemplo, nas cidades praianas do Brasil, a necessidade de água, sais minerais e carboidrato podem aumentar, pois a perda hídrica e de sais aumentam, já que o corpo faz a tentativa de manter uma temperatura corporal adequada.
É importante ir andar de skate bem hidratado, nutrido e com boa reserva de glicogênio muscular (carboidratos estocados no músculo). Por isso, sempre conte com o auxílio de um nutricionista para ajustar a alimentação baseada nos seus objetivos e metas e de uma preparação física específica para skatistas.
Desejamos a todos os amigos, clientes e parceiros, um feliz natal e um excelente 2019 com muita saúde e skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

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