popularização do skate vem trazendo novos adeptos e também aumentando o número de skatistas preocupados em melhorar sua performance e também sua longevidade sobre o skate, com isso a preparação física vem evoluindo e acrescentando cada vez mais métodos de treino para os skatistas.
Entre muitas novidades falaremos hoje sobre um método antigo porém dos mais eficazes para serem utilizados no skate, a pliometria.
A pliometria é um trabalho que combina a força com a velocidade, de forma a se utilizar, o mais rápido possível, a força que a pessoa possui. São chamados de pliométricos os exercícios que utilizam o reflexo de alongamento, seguido de contração, para produzir uma reação explosiva.
Um exemplo simples são os exercícios que utilizam o peso corporal, contra a força da gravidade para conseguir exercer força contra o solo são conhecidos como exercícios de salto em profundidade, muito usados em treinos de pliometria.
Os saltos em profundidade são realizados pulando-se de um banco com altura variável.
Ao tocar o solo, ocorre uma contração excêntrica nas musculaturas que são responsáveis pela extensão do joelho.
Durante a fase de amortecimento, o fuso muscular acaba sendo estimulado e o reflexo miotático faz com que ocorra uma contração imediata, impedindo desta forma a transformação brusca no comprimento do músculo solicitado.
Apesar de ocorrer um alongamento reduzido na fase da contração excêntrica, os componentes elásticos dos músculos armazenam o que chamamos de energia elástica e a utilizam na passagem para a fase da contração concêntrica.
Desta forma, a transição das contrações deve acontecer da maneira mais rápida possível, para que esta energia não seja dissipada.
Por ele ser um método altamente intenso e que promove bastante desgaste físico, acabou popularizando-se como um método de trabalho para outros fins.
Perceba que a pliometria é usada principalmente em esportes de potencia como o skate, dentro de um contexto de preparação física.
Como seu objetivo é considerado específico, a pliometria precisa ser usada depois de uma periodização de base.
Desta forma, aumentamos os ganhos e minimizamos os riscos de lesão.
De maneira geral, a pliometria pode ser usada para melhorar a coordenação motora, a funcionalidade e a capacidade de deslocamento.
Lembre-se que a base da pliometria é o ciclo alongamento-encurtamento e que isso não se restringe apenas aos saltos.
Existem maneiras de treinar a pliometria diferenciadas, para membros superiores e tronco.
Preparar seu corpo para as sessões de skate é uma ótima forma de prevenir lesões e aumentar sua vida útil sobre o skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
sábado, 27 de julho de 2019
sábado, 20 de julho de 2019
Impacto femoroacetabular e o skate
Andar de skate é uma atividade de alto impacto e como consequência disso algumas articulações tendem a sofrer lesões no decorrer dos anos, uma delas é o quadril. O Impacto femoroacetabular (IFA) é uma condição que ocorre quando existe um contato anormal e desgaste entre a cabeça e o encaixe da articulação do quadril. Isso resulta em limitação da mobilidade e dor no quadril.
A articulação do quadril é composta pela cabeça do fêmur, que articula no encaixe da articulação do quadril (chamada de acetábulo). O impacto femoroacetabular é uma condição na qual a cabeça femoral, o acetábulo, ou ambos não se encaixam bem devido a uma alteração na forma da cabeça do fêmur ou do acetábulo. Quando a deformidade é resultado do excesso de osso na cabeça femoral ela é chamada: tipo CAME. Quando ocorre no encaixe do quadril (acetábulo) é chamada: tipo PINCER ou pinçamento. Frequentemente existe uma associação dos dois tipos de mecanismos de lesão.
A incidência de impacto femoroacetabular na população geral não é completamente conhecida, pois resulta de uma associação entre a forma do quadril alterada, movimentos repetitivos que causem a lesão ( andar de skate por exemplo) e fatores genéticos que favoreçam o desgaste da articulação. É, então, uma condição multifatorial. Os pacientes geralmente se queixam de dor na virilha após ficar muito tempo sentados, dirigindo, entrar ou sair do carro, praticar esportes ou atividades que levem a uma flexão do quadril exagerada. A dor é localizada na região da frente do quadril, muitas vezes não sendo palpável e localizada pelos pacientes como “interna”. Porém pode também ser irradiada para região lateral ou posterior do quadril, no glúteo. Muitos pacientes se queixam da “falta de alongamento”, quando, na verdade, possuem um bloqueio mecânico da articulação pela deformidade óssea.
O diagnóstico é feito por exame clínico no qual manobras provocativas reproduzem a dor referida pelo paciente e confirmada por exames de imagem. Radiografia e tomografia servem para avaliar a forma alterada do quadril e a ressonância magnética para avaliar lesões de partes moles, especialmente a cartilagem e lábio acetabular. A principal medida inicial contra a dor é evitar movimentos que provoquem dor - geralmente os de rotação e flexão do quadril, levando o joelho em direção ao peito. Outras medidas importantes para o alívio da dor são o repouso, modificações nas atividades do dia a dia, uso de medicações analgésicas ou anti-inflamatórias. A fisioterapia pode ter papel importante na melhora da dor.
Na falha do tratamento clínico, ou em casos onde a deformidade óssea é importante, o tratamento cirúrgico é indicado. Os principais fatores de risco são as deformidades ósseas, com limitação da mobilidade do quadril, e atividades esportivas como o skate com flexão e/ou rotação repetitiva do quadril. Existe uma grande correlação da deformidade da cabeça femoral (CAME) com o desgaste da cartilagem do quadril (artrose) em longo prazo.
Estudos demonstram que o tratamento precoce é correlacionado com o sucesso do tratamento- ou seja, o paciente deve procurar o ortopedista assim que a dor iniciar. Existem estudos que correlacionam a predisposição genética com realização de alta intensidade de esportes (skate)!na adolescência com desenvolvimento de deformidade na cabeça femoral. Não se sabe ainda precisamente a intensidade e nem quais indivíduos estão mais propensos a desenvolver a doença.
Uma avaliação ortopédica e o conhecimento do tipo de deformidade permitem modificações nas atividades do dia a dia e esportivas que podem ajudar a proteger o quadril.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
A articulação do quadril é composta pela cabeça do fêmur, que articula no encaixe da articulação do quadril (chamada de acetábulo). O impacto femoroacetabular é uma condição na qual a cabeça femoral, o acetábulo, ou ambos não se encaixam bem devido a uma alteração na forma da cabeça do fêmur ou do acetábulo. Quando a deformidade é resultado do excesso de osso na cabeça femoral ela é chamada: tipo CAME. Quando ocorre no encaixe do quadril (acetábulo) é chamada: tipo PINCER ou pinçamento. Frequentemente existe uma associação dos dois tipos de mecanismos de lesão.
A incidência de impacto femoroacetabular na população geral não é completamente conhecida, pois resulta de uma associação entre a forma do quadril alterada, movimentos repetitivos que causem a lesão ( andar de skate por exemplo) e fatores genéticos que favoreçam o desgaste da articulação. É, então, uma condição multifatorial. Os pacientes geralmente se queixam de dor na virilha após ficar muito tempo sentados, dirigindo, entrar ou sair do carro, praticar esportes ou atividades que levem a uma flexão do quadril exagerada. A dor é localizada na região da frente do quadril, muitas vezes não sendo palpável e localizada pelos pacientes como “interna”. Porém pode também ser irradiada para região lateral ou posterior do quadril, no glúteo. Muitos pacientes se queixam da “falta de alongamento”, quando, na verdade, possuem um bloqueio mecânico da articulação pela deformidade óssea.
O diagnóstico é feito por exame clínico no qual manobras provocativas reproduzem a dor referida pelo paciente e confirmada por exames de imagem. Radiografia e tomografia servem para avaliar a forma alterada do quadril e a ressonância magnética para avaliar lesões de partes moles, especialmente a cartilagem e lábio acetabular. A principal medida inicial contra a dor é evitar movimentos que provoquem dor - geralmente os de rotação e flexão do quadril, levando o joelho em direção ao peito. Outras medidas importantes para o alívio da dor são o repouso, modificações nas atividades do dia a dia, uso de medicações analgésicas ou anti-inflamatórias. A fisioterapia pode ter papel importante na melhora da dor.
Na falha do tratamento clínico, ou em casos onde a deformidade óssea é importante, o tratamento cirúrgico é indicado. Os principais fatores de risco são as deformidades ósseas, com limitação da mobilidade do quadril, e atividades esportivas como o skate com flexão e/ou rotação repetitiva do quadril. Existe uma grande correlação da deformidade da cabeça femoral (CAME) com o desgaste da cartilagem do quadril (artrose) em longo prazo.
Estudos demonstram que o tratamento precoce é correlacionado com o sucesso do tratamento- ou seja, o paciente deve procurar o ortopedista assim que a dor iniciar. Existem estudos que correlacionam a predisposição genética com realização de alta intensidade de esportes (skate)!na adolescência com desenvolvimento de deformidade na cabeça femoral. Não se sabe ainda precisamente a intensidade e nem quais indivíduos estão mais propensos a desenvolver a doença.
Uma avaliação ortopédica e o conhecimento do tipo de deformidade permitem modificações nas atividades do dia a dia e esportivas que podem ajudar a proteger o quadril.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
sábado, 13 de julho de 2019
Skate X Inverno
Andar de skate é uma atividade prazerosa em qualquer época do ano, dia ou horário, porém conhecendo-se os mecanismos que podem lesionar o corpo, podemos minimizar os riscos vindo do inverno. Sabe-se que no inverno ocorre um aumento significativo da incidência de algumas doenças. Na maioria dos casos são doenças infecciosas (por vírus e bactérias), porque há a diminuição da imunidade do organismo em consequência do frio.
O corpo humano tem sua temperatura normal 36,5ºC. Se baixar disso, o metabolismo fisiológico deixa de produzir energia suficiente para manter a temperatura interna do corpo, levando a sérias consequências, como a diminuição da coordenação motora, as reações físicas e mentais ficam bem mais lentas e o grande risco de parada cardíaca que, se não for atendida e ressuscitada em minutos, pode ser fatal.
O skatista que anda na rua em dias muito frios, deve saber que no rosto, mãos e pés estão os mais sensíveis sensores de temperaturas, justamente onde devemos nos proteger mais das baixas temperaturas. A ingestão de bebidas alcoólicas destiladas não aquece ninguém, ao contrário do que se pensa. O álcool é um vaso dilatador da pele exposta ao frio e, na verdade científica, provoca maior perda do calor. O sangue mais frio segue para o interior do corpo e rebaixa a temperatura geral, portanto bebidas alcoólicas não aquecem o corpo.
A sensação de calor causada pelas bebidas destiladas é a sensação de queimação que se sente, que na verdade é o sintoma de leve esofagite ou gastrite aguda devido ao álcool ingerido. Essa falsa sensação de calor nos induz a acreditar que o organismo está aquecido, o que não é verdade. Assim, o perigo real é que um indivíduo alcoolizado não sente frio, podendo ter até hipotermia e suas graves consequências.
Fica claro que só a ingestão de líquidos aquecidos (chá, café, leite) realmente esquenta o corpo. No inverno, o ar está mais seco e necessitamos de reposição hídrica constante, mesmo que aparentemente se perca pouca água pelo suor, portanto beba muita água e outras bebidas isotônicas.
No inverno, o ideal é caprichar no aquecimento antes da sessão, tanto com uma roupa adequada, como o específico para o skate, salto de corda, remada e manobras de solo são alguns exemplos do que pode ser usado além de manter a hidratação do corpo, de preferência com bebidas quentes para ajudar a regular a temperatura.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
O corpo humano tem sua temperatura normal 36,5ºC. Se baixar disso, o metabolismo fisiológico deixa de produzir energia suficiente para manter a temperatura interna do corpo, levando a sérias consequências, como a diminuição da coordenação motora, as reações físicas e mentais ficam bem mais lentas e o grande risco de parada cardíaca que, se não for atendida e ressuscitada em minutos, pode ser fatal.
O skatista que anda na rua em dias muito frios, deve saber que no rosto, mãos e pés estão os mais sensíveis sensores de temperaturas, justamente onde devemos nos proteger mais das baixas temperaturas. A ingestão de bebidas alcoólicas destiladas não aquece ninguém, ao contrário do que se pensa. O álcool é um vaso dilatador da pele exposta ao frio e, na verdade científica, provoca maior perda do calor. O sangue mais frio segue para o interior do corpo e rebaixa a temperatura geral, portanto bebidas alcoólicas não aquecem o corpo.
A sensação de calor causada pelas bebidas destiladas é a sensação de queimação que se sente, que na verdade é o sintoma de leve esofagite ou gastrite aguda devido ao álcool ingerido. Essa falsa sensação de calor nos induz a acreditar que o organismo está aquecido, o que não é verdade. Assim, o perigo real é que um indivíduo alcoolizado não sente frio, podendo ter até hipotermia e suas graves consequências.
Fica claro que só a ingestão de líquidos aquecidos (chá, café, leite) realmente esquenta o corpo. No inverno, o ar está mais seco e necessitamos de reposição hídrica constante, mesmo que aparentemente se perca pouca água pelo suor, portanto beba muita água e outras bebidas isotônicas.
No inverno, o ideal é caprichar no aquecimento antes da sessão, tanto com uma roupa adequada, como o específico para o skate, salto de corda, remada e manobras de solo são alguns exemplos do que pode ser usado além de manter a hidratação do corpo, de preferência com bebidas quentes para ajudar a regular a temperatura.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
sábado, 6 de julho de 2019
Tendão de Aquiles X Skate
Andar de skate exige muito do corpo, tanto da parte mental como da parte física, e alto índice de exigência às vezes tem um preço que são as lesões. Em especial uma lesão cada vez mais comum entre os skatistas que é a ruptura no tendão de Aquiles.
Geralmente as lesões no tendão de Aquiles são graves. Na maioria dos skatistas, não há relatos de ter havido uma lesão prévia, pois a ruptura do tendão de Aquiles é particularmente silenciosa.
O tendão de Aquiles é o mais espesso e forte tendão de todo o corpo, conectando os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Ele foi projetado para alongar, absorver a força quando o skatista aterrissa de um salto, fornecer energia para o impulso ao dar uma remada.
Uma descrição comum de um tendão de Aquiles é que ele funciona como um elástico. Um edema ou dor na região pode significar que o tendão de Aquiles pode estar inflamado ou parcialmente lesionado, mas em nossa analogia com o elástico, o músculo ainda está conectado em ambos os lados e ainda funciona, embora com menos eficácia. Já uma lesão total significa que tendão de Aquiles, ou o elástico, estalou (sinal da pedrada) e agora não tem capacidade de se reconectar.
O tempo de recuperação varia de seis meses a um ano inteiro. E na maioria das vezes faz-se necessária a reconstrução cirúrgica.Em casos menos graves o tratamento conservador consegue bons resultados através de técnicas de eletroterapia, liberação miofascial, alongamento e fortalecimento, todas direcionadas por um fisioterapeuta em conjunto com o médico, até a liberação para a volta da preparação física e do skate.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
Geralmente as lesões no tendão de Aquiles são graves. Na maioria dos skatistas, não há relatos de ter havido uma lesão prévia, pois a ruptura do tendão de Aquiles é particularmente silenciosa.
O tendão de Aquiles é o mais espesso e forte tendão de todo o corpo, conectando os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Ele foi projetado para alongar, absorver a força quando o skatista aterrissa de um salto, fornecer energia para o impulso ao dar uma remada.
Uma descrição comum de um tendão de Aquiles é que ele funciona como um elástico. Um edema ou dor na região pode significar que o tendão de Aquiles pode estar inflamado ou parcialmente lesionado, mas em nossa analogia com o elástico, o músculo ainda está conectado em ambos os lados e ainda funciona, embora com menos eficácia. Já uma lesão total significa que tendão de Aquiles, ou o elástico, estalou (sinal da pedrada) e agora não tem capacidade de se reconectar.
O tempo de recuperação varia de seis meses a um ano inteiro. E na maioria das vezes faz-se necessária a reconstrução cirúrgica.Em casos menos graves o tratamento conservador consegue bons resultados através de técnicas de eletroterapia, liberação miofascial, alongamento e fortalecimento, todas direcionadas por um fisioterapeuta em conjunto com o médico, até a liberação para a volta da preparação física e do skate.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.