Na última semana tivemos a passagem da Street League aqui por São Paulo, e com a proximidade do ano Olímpico o skate vem ganhando cada vez mais público. Em uma conversa com amigos escutei um tema novo para mim dentro do skate, o skatista de alto rendimento.
Fiquei pensando muito sobre isso, afinal em outros esportes, temos atletas de alto rendimento, mas para mim dentro do skate éramos todos skatistas, profissionais (por serem remunerados), amadores pelo tempo de prática, iniciantes para participarem de campeonatos, mas no fundo todos skatistas.
A palavra alto rendimento/performance ganhou força nos últimos 4 anos dentro do esporte com a chegada dos “coach’s” que acreditam que um determinado padrão de rotina diário, interferem no objetivo final do atleta, certo ou não, não estou aqui para julgar isso.
No skate essa palavra veio até mim como uma definição de skatistas que querem competir, que vão treinar seu skate para uma prova, campeonato, olimpíada ou algo do tipo. Só que no meu modo de ver essa palavra e este tipo de pensamento não se encaixa no skate.
Não conheço um skatista que não saia de casa para acertar suas manobras, sejam elas para manter o skate o pé, se divertir, evoluir, ou competir. O mesmo vale para a preparação física, que pode ser feita para otimizar o desempenho físico, manutenção da saúde e para a prevenção de lesões, o que não necessariamente tem a ver com competição mas sim com a longevidade no skate.
O alto rendimento faz parte do skate desde o dia em que você pisa nele, afinal a “briga” do skatista é com ele próprio, o cara que ganha o Street League e o cara que aprende a subir na guia com seu skate estão dando o seu melhor ali naquele momento, e isso é o mais legal que se tem no skate, e ninguém vai conseguir tirar isso dele. A briga de ambos passa a ser aprender novas manobras, melhorar o estilo, andar em lugares diferentes, pensar em linhas que ninguém nunca fez, isso torna o skatista único e não o resultado final de uma competição, para mim a mágica do skate está aí, ele nunca tem fim.
Um atleta faz um ciclo de treino de 4 anos, vai na olimpíada, faz o seu melhor, ganha a medalha, bate um recorde ou não e volta realizado para casa e se prepara para um novo ciclo. No skate os recordes e medalhas são diários, basta olhar no Instagram, YouTube ou qualquer rede social e ver o quanto de manobras cabreiras são descarregadas todos os dias no mundo todo.
Skatistas sempre serão skatistas, a briga é pela evolução interna, e não uma disputa entre equipes que um ganha e outro perde, no skate todos ganham e isso é fácil de se perceber, só ir em qualquer campeonato e ver o cara que ficou em último lugar mas que acertou as manobras que queria saindo com um sorriso no rosto.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
domingo, 29 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Banda Iliotibial e os skatistas
Andar de skate é uma atividade prazeirosa mas que ao mesmo tempo exige um cuidado muito grande com o corpo. O quadril é o ponto gerador de energia para as manobras e também um local onde ocorrem muitas lesões nos skatistas, e hoje falaremos sobre uma delas a Síndrome da Banda Iliotibial.
A lateral da coxa possui uma faixa tendínea que tem origem no quadril, na região do ílio na pelve. Sua função seria de manter a relação entre quadril e joelho estabilizadas durante o movimento. Em casos patológicos, existe uma dor na lateral externa do joelho que pode também ser sentida acima da articulação, na direção do quadril. A dor na banda iliotibial pode acontecer por diversos motivos. No skate, pode acontecer por causa de fricção do tendão na parte óssea. Porém, um dos fatores mais significativos para o surgimento da patologia está na falta de força de musculaturas do quadril.
Os abdutores e rotadores externos da articulação são especialmente afetados, quero destacar aqui que o glúteo médio é um dos principais deles. Quando o skatista não tem força ou controle sobre os movimentos do quadril acaba com uma rotação interna no quadril e no joelho. Como resultado, a banda iliotibial fica sob estresse mecânico e é pressionada sob o epicôndilo femoral lateral.
Para conseguir avaliar o que causou, ou pode causar no futuro, a patologia, precisamos avaliar a posição do skatista durante as manobras. Existem diversos desequilíbrios musculares e até problemas posturais que levam ao excesso de compressão na banda iliotibial.
Um skatista realiza movimentos repetitivos diariamente e numa intensidade bastante alta. Quando existe um controle de movimento inadequado isso gera desequilíbrios que levam ao surgimento de lesões de quadril, e entre elas temos essa síndrome. Comece a observar seus movimentos na hora de realizar as manobras, procure por alterações de padrão de movimento, desvios como valgo dinâmico e outros. Qualquer desvio que possa aumentar o estresse na banda iliotibial deve ser observado. Após identificar os desequilíbrios que eventualmente levarão à síndrome, chega a hora de realizar a prevenção de lesões de quadril.
O objetivo é trabalhar principalmente com ativação de glúteo médio. Como resultado, o skatista consegue melhorar seu movimento do joelho. Outro aspecto que precisa de um trabalho cuidadoso é a mobilidade de quadril. Acredite ou não, mesmo skatistas profissionais costumam apresentar um quadril rígido e com pouca mobilidade. As compensações criadas pelo corpo para permitir o movimento podem gerar aquele estresse excessivo na banda iliotibial.
Cuidar do seu corpo é ter uma melhor qualidade de vida e prolongar seu tempo útil sobre o skate. Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
A lateral da coxa possui uma faixa tendínea que tem origem no quadril, na região do ílio na pelve. Sua função seria de manter a relação entre quadril e joelho estabilizadas durante o movimento. Em casos patológicos, existe uma dor na lateral externa do joelho que pode também ser sentida acima da articulação, na direção do quadril. A dor na banda iliotibial pode acontecer por diversos motivos. No skate, pode acontecer por causa de fricção do tendão na parte óssea. Porém, um dos fatores mais significativos para o surgimento da patologia está na falta de força de musculaturas do quadril.
Os abdutores e rotadores externos da articulação são especialmente afetados, quero destacar aqui que o glúteo médio é um dos principais deles. Quando o skatista não tem força ou controle sobre os movimentos do quadril acaba com uma rotação interna no quadril e no joelho. Como resultado, a banda iliotibial fica sob estresse mecânico e é pressionada sob o epicôndilo femoral lateral.
Para conseguir avaliar o que causou, ou pode causar no futuro, a patologia, precisamos avaliar a posição do skatista durante as manobras. Existem diversos desequilíbrios musculares e até problemas posturais que levam ao excesso de compressão na banda iliotibial.
Um skatista realiza movimentos repetitivos diariamente e numa intensidade bastante alta. Quando existe um controle de movimento inadequado isso gera desequilíbrios que levam ao surgimento de lesões de quadril, e entre elas temos essa síndrome. Comece a observar seus movimentos na hora de realizar as manobras, procure por alterações de padrão de movimento, desvios como valgo dinâmico e outros. Qualquer desvio que possa aumentar o estresse na banda iliotibial deve ser observado. Após identificar os desequilíbrios que eventualmente levarão à síndrome, chega a hora de realizar a prevenção de lesões de quadril.
O objetivo é trabalhar principalmente com ativação de glúteo médio. Como resultado, o skatista consegue melhorar seu movimento do joelho. Outro aspecto que precisa de um trabalho cuidadoso é a mobilidade de quadril. Acredite ou não, mesmo skatistas profissionais costumam apresentar um quadril rígido e com pouca mobilidade. As compensações criadas pelo corpo para permitir o movimento podem gerar aquele estresse excessivo na banda iliotibial.
Cuidar do seu corpo é ter uma melhor qualidade de vida e prolongar seu tempo útil sobre o skate. Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.