O joelho é o segundo ponto de lesão mais comum entre os skatistas. Uma das lesões que mais ocorrem no joelho dos skatistas é no LCA (ligamento cruzando anterior).
A ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho (LCA) e sua posterior reconstrução não impedem o retorno as sessões de skate. Porém, alguns cuidados são importantes para evitar uma sequela, que é a diminuição da capacidade de controlar a flexão do joelho.
O processo de reabilitação imediato do LCA envolve, principalmente, ganho da amplitude de movimento normal da articulação, melhora gradativa da força muscular e um trabalho chamado de propriocepção.
Propriocepção é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais.
Esse termo, embora conhecido, pode ter uma aplicação prática muito vaga. Treinar propriocepção não é apenas ficar em cima de uma cama elástica, e sim devolver um bom controle neural do membro operado. Ou seja, fazer com o que sistema nervoso central (cérebro) controle adequadamente os movimentos.
Após a cirurgia, é comum que o cérebro iniba o músculo quadríceps (anterior da coxa). Especificamente no skate, essa inibição pode causar uma falta de controle da flexão do joelho, tanto na hora de agachar para dar o ollie, como na volta da manobra onde precisa absorver o impacto.
Essa limitação após anos da reconstrução do LCA. A força muscular e a articulação já estavam normais, porém o skatista não consegue dobrar o joelho, por uma falha no controle neural do movimento. Algo que era para ser apenas passageiro, após a cirurgia, acabou se tornando o novo “padrão normal” do movimento.
Por isso, no processo de reabilitação do LCA, é muito importante treinar o gesto esportivo é indispensável para evitar problemas a longo prazo e restabelecer a biomecânica normal do esporte.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
sábado, 23 de novembro de 2019
domingo, 17 de novembro de 2019
A hoffite no skate
A cada dia que passa os skatistas vem ganhando a consciência de que cuidar do seu corpo é fundamental para andar de skate. Após as sessões hoje escuto muito mais skatistas falando de treino, anatomia do que de lesões, mas sempre alguém reclama de algum tipo de dor. Hoje falaremos sobre uma lesão muito comum no skate, só que ainda pouco comentada, a hoffite.
A gordura de Hoffa é uma camada de lipídios localizada atrás do ligamento patelar e quando inflamada provoca dores na região anterior do joelho, inchaço e, em alguns casos, dificuldades de movimento. Ela é caracterizada pela inflamação da região da Hoffa. Essa estrutura tem função de nutrir o tendão patelar e as estruturas adjacentes, protegendo-as contra possíveis impactos no joelho. Quando uma carga maior que a habitual é aplicada de forma constante, pode ocorrer o processo inflamatório.
Esse tipo de lesão é muito comum em skatistas devido a grande quantidade de saltos na sessão (ollie por exemplo) causando alto impacto nos joelhos. Para os skatistas com sobrepeso, fraqueza muscular e o uso de calçados inadequados são fatores que elevam a propensão da lesão. Seu diagnóstico é clínico, pela dor anterior detectada com exame físico por meio da compressão da gordura de Hoffa. Também é possível identificá-la através de ressonância magnética que aponta aumento do processo inflamatório local.
Os principais sintomas da hoffite são as dores na região anterior do joelho, inchaço localizado após as sessões de skate, aumento da temperatura local devido à inflamação e, em casos mais extremos, dificuldade de movimento principalmente na hora da extensão. Normalmente, estes sintomas ocorrem depois das sessões, quando a região lesionada recebe mais uma sobrecarga, agravando o processo inflamatório já existente.
O tratamento é simples, mas envolve necessariamente uma pausa nas sessões. O primeiro passo é repouso para evitar que a inflamação da região aumente. Além disso, a aplicação de bolsas de gelo na região do joelho e o uso de anti-inflamatórios ajudam a diminuir a dor e a normalizar o quadro na região.
Dependendo do caso, sessões de fisioterapia podem ajudar o skatista a recuperar a mobilidade da região, diminuir as dores e retomar a confiança. Após todas as doses de ant-iinflamatórios e todas as sessões de fisioterapia, o skatista não deve ter pressa e logo sair manobrando.
A volta ao skate deve ocorrer com calma, manobras de solo, nada que traga muito impacto. À medida que o skatista ganha confiança e nota ausência das dores que o atrapalhavam, pode ir aumentando progressivamente a dificuldade das manobras até retomar seu ritmo normal no skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
A gordura de Hoffa é uma camada de lipídios localizada atrás do ligamento patelar e quando inflamada provoca dores na região anterior do joelho, inchaço e, em alguns casos, dificuldades de movimento. Ela é caracterizada pela inflamação da região da Hoffa. Essa estrutura tem função de nutrir o tendão patelar e as estruturas adjacentes, protegendo-as contra possíveis impactos no joelho. Quando uma carga maior que a habitual é aplicada de forma constante, pode ocorrer o processo inflamatório.
Esse tipo de lesão é muito comum em skatistas devido a grande quantidade de saltos na sessão (ollie por exemplo) causando alto impacto nos joelhos. Para os skatistas com sobrepeso, fraqueza muscular e o uso de calçados inadequados são fatores que elevam a propensão da lesão. Seu diagnóstico é clínico, pela dor anterior detectada com exame físico por meio da compressão da gordura de Hoffa. Também é possível identificá-la através de ressonância magnética que aponta aumento do processo inflamatório local.
Os principais sintomas da hoffite são as dores na região anterior do joelho, inchaço localizado após as sessões de skate, aumento da temperatura local devido à inflamação e, em casos mais extremos, dificuldade de movimento principalmente na hora da extensão. Normalmente, estes sintomas ocorrem depois das sessões, quando a região lesionada recebe mais uma sobrecarga, agravando o processo inflamatório já existente.
O tratamento é simples, mas envolve necessariamente uma pausa nas sessões. O primeiro passo é repouso para evitar que a inflamação da região aumente. Além disso, a aplicação de bolsas de gelo na região do joelho e o uso de anti-inflamatórios ajudam a diminuir a dor e a normalizar o quadro na região.
Dependendo do caso, sessões de fisioterapia podem ajudar o skatista a recuperar a mobilidade da região, diminuir as dores e retomar a confiança. Após todas as doses de ant-iinflamatórios e todas as sessões de fisioterapia, o skatista não deve ter pressa e logo sair manobrando.
A volta ao skate deve ocorrer com calma, manobras de solo, nada que traga muito impacto. À medida que o skatista ganha confiança e nota ausência das dores que o atrapalhavam, pode ir aumentando progressivamente a dificuldade das manobras até retomar seu ritmo normal no skate.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
domingo, 10 de novembro de 2019
Andar de skate no verão
O verão vem chegando e os riscos de andar de skate em ambiente quente e úmido costumam aumentar. Embora os casos fatais de doenças causadas pelo calor no esporte sejam extremos, uma forma mais branda, a exaustão pelo calor, caracterizada por náusea, vômito, desmaio e tontura, é muito comum em esportes durante o verão. As doenças causadas pelo calor podem avançar rapidamente e os primeiros sinais de insolação podem ser sutis. O diagnóstico precoce e o atendimento adequado podem salvar vidas.
A insolação geralmente é causada por uma combinação de ambiente quente, exercícios extenuantes como o skate, roupas que limitam a evaporação do suor, adaptação inadequada ao calor, excesso de gordura corporal e/ou falta de condicionamento físico.O estresse térmico acontece quando o corpo não é mais capaz de manter seu equilíbrio de temperatura e a temperatura central aumenta suficientemente para interferir com outros processos fisiológicos.
A produção de calor metabólico aumenta a temperatura do corpo e o ambiente térmico aumenta a temperatura da pele; as tensões combinadas são integradas para aumentar a taxa de suor. O controle da temperatura central depende da produção adequada de suor e da capacidade do ambiente de evaporar o suor. A natureza do estresse térmico do exercício é demonstrada pela análise racional das trocas físicas de calor entre o corpo e o ambiente.
A tolerância à desidratação é maior quando os indivíduos estão fisicamente em forma e jovens, enquanto a capacidade de se adaptar ao calor diminui com a idade, níveis reduzidos de condicionamento físico e presença de doença.
Durante condições de estresse térmico, o skatista está sujeito aos seguintes sintomas como as câimbras, exaustão, desmaios e insolação.
Manter se hidratado é a principal recomendação para as sessões, assim como se alimentar bem e escolher roupas leves para andar, e sempre que possível aproveitar os momentos de sombra para descansar.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você, previna se para seguir andando neste verão.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
A insolação geralmente é causada por uma combinação de ambiente quente, exercícios extenuantes como o skate, roupas que limitam a evaporação do suor, adaptação inadequada ao calor, excesso de gordura corporal e/ou falta de condicionamento físico.O estresse térmico acontece quando o corpo não é mais capaz de manter seu equilíbrio de temperatura e a temperatura central aumenta suficientemente para interferir com outros processos fisiológicos.
A produção de calor metabólico aumenta a temperatura do corpo e o ambiente térmico aumenta a temperatura da pele; as tensões combinadas são integradas para aumentar a taxa de suor. O controle da temperatura central depende da produção adequada de suor e da capacidade do ambiente de evaporar o suor. A natureza do estresse térmico do exercício é demonstrada pela análise racional das trocas físicas de calor entre o corpo e o ambiente.
A tolerância à desidratação é maior quando os indivíduos estão fisicamente em forma e jovens, enquanto a capacidade de se adaptar ao calor diminui com a idade, níveis reduzidos de condicionamento físico e presença de doença.
Durante condições de estresse térmico, o skatista está sujeito aos seguintes sintomas como as câimbras, exaustão, desmaios e insolação.
Manter se hidratado é a principal recomendação para as sessões, assim como se alimentar bem e escolher roupas leves para andar, e sempre que possível aproveitar os momentos de sombra para descansar.
Cuidar do seu corpo é cuidar de você, previna se para seguir andando neste verão.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
domingo, 3 de novembro de 2019
Ombro de skatista
As quedas são comuns na vida de qualquer skatista. As lesões em membros superiores ocorrem geralmente na tentativa de proteger o corpo destas quedas, hoje falaremos sobre uma lesão muito comum no skate, a luxação do ombro.
O ombro é a articulação (ou conjunto destas) que unem o braço ao tronco. Apresenta a maior amplitude de movimentos de todas as articulações do corpo humano, sendo capaz de movimentar-se em variados planos, levando o braço, e a mão a imensas posições. Tendo tanta amplitude e possibilidade de movimentos torna-se uma das mais complexas redes de articulações, ligamentos e músculos do nosso corpo.
É constituida por 3 ossos principais: Clavícula, Escápula (omoplata) e Úmero.Estes 3 ossos estão ligados por ligamentos que permitem coordenar, restringir e orientar movimentos, unindo-os entre si. Os 3 principais ligamentos são o Acrômio-clavicular, que impede a luxação da clavicula; o Gleno-umerais que se dividem em superior, médio e inferior, impedindo a deslocação do ombro e o Esterno-clavicular, unindo a clavicula a zona do torax.
A nivel múscular a articulação do ombro é suportada por vários elementos músculares que trabalham em conjunto de forma a realizar os movimentos. Existem músculos circundantes, que não são tão especificos, mas que ajudam nos movimentos do ombro (Deltóide, Peitoral, Trapézio Grande dorsal e Grande redondo). A luxação do ombro ocorre quando a cabeça do úmero sai da sua posição correta, ou seja, da cavidade glenóide. Isto pode ocorrer por variados motivos, mas está directamente relacionada com uma hiperextensão ou mesmo ruptura de um dos ligamentos.
As luxações podem ser anteriores, posteriores, superiores ou inferiores, dependendo do ligamento lesionado ou do tipo de trauma que ocorreu. Sendo a mais comum a anterior, pois acontece quando o membro está em abdução e rotação externa, que é das posições mais comuns no dia-a-dia. Poderá haver a tendencia de a luxação do ombro, se tornar crónica, devido à laxidão dos ligamentos, fazendo com que o ombro de desloque ao minimo movimento. Nestes casos, a cirurgia é imperativa. Pode ocorrer também uma sub-luxação, isto é, o úmero sai da cavidade glenóide mas retorna ao local por si só.
Quando ocorre a luxação, é necessária a recolocação do ombro no sitio rápidamente, para evitar maiores lesões ligamentares. Depois disto, é importante a imobilização total desta articulação de forma a que a cicatrização de uma provável lesão no ligamento, seja feita na posição correta. Para isto, existem variados dispositivos que ajudam a manter o membro superior imobilizado.
A melhor forma de prevenção é o fortalecimento muscular, que pode ser feito de diferentes formas em diferentes tipos de treinamento.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.
O ombro é a articulação (ou conjunto destas) que unem o braço ao tronco. Apresenta a maior amplitude de movimentos de todas as articulações do corpo humano, sendo capaz de movimentar-se em variados planos, levando o braço, e a mão a imensas posições. Tendo tanta amplitude e possibilidade de movimentos torna-se uma das mais complexas redes de articulações, ligamentos e músculos do nosso corpo.
É constituida por 3 ossos principais: Clavícula, Escápula (omoplata) e Úmero.Estes 3 ossos estão ligados por ligamentos que permitem coordenar, restringir e orientar movimentos, unindo-os entre si. Os 3 principais ligamentos são o Acrômio-clavicular, que impede a luxação da clavicula; o Gleno-umerais que se dividem em superior, médio e inferior, impedindo a deslocação do ombro e o Esterno-clavicular, unindo a clavicula a zona do torax.
A nivel múscular a articulação do ombro é suportada por vários elementos músculares que trabalham em conjunto de forma a realizar os movimentos. Existem músculos circundantes, que não são tão especificos, mas que ajudam nos movimentos do ombro (Deltóide, Peitoral, Trapézio Grande dorsal e Grande redondo). A luxação do ombro ocorre quando a cabeça do úmero sai da sua posição correta, ou seja, da cavidade glenóide. Isto pode ocorrer por variados motivos, mas está directamente relacionada com uma hiperextensão ou mesmo ruptura de um dos ligamentos.
As luxações podem ser anteriores, posteriores, superiores ou inferiores, dependendo do ligamento lesionado ou do tipo de trauma que ocorreu. Sendo a mais comum a anterior, pois acontece quando o membro está em abdução e rotação externa, que é das posições mais comuns no dia-a-dia. Poderá haver a tendencia de a luxação do ombro, se tornar crónica, devido à laxidão dos ligamentos, fazendo com que o ombro de desloque ao minimo movimento. Nestes casos, a cirurgia é imperativa. Pode ocorrer também uma sub-luxação, isto é, o úmero sai da cavidade glenóide mas retorna ao local por si só.
Quando ocorre a luxação, é necessária a recolocação do ombro no sitio rápidamente, para evitar maiores lesões ligamentares. Depois disto, é importante a imobilização total desta articulação de forma a que a cicatrização de uma provável lesão no ligamento, seja feita na posição correta. Para isto, existem variados dispositivos que ajudam a manter o membro superior imobilizado.
A melhor forma de prevenção é o fortalecimento muscular, que pode ser feito de diferentes formas em diferentes tipos de treinamento.
Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.