sábado, 7 de março de 2020

TCE no skate

No skate os traumas e lesões acabam sendo uma constante na rotina de qualquer skatista, mas algumas lesões causam uma grande preocupação, as lesões localizadas na região da cabeça. Não estou falando somente de skatistas que andam em vert, bowl, mas também de skatistas que andam na rua, onde uma simples travada no skate pode trazer grandes complicações neste sentido.
Um grande exemplo deste tipo de acidente foi com o skatista americano Kevin Kowalski, que ano passado na etapa do STU, caiu e bateu a cabeça, teve que ser internado em um hospital e não disputou a competição.
O Traumatismo craniano e concussão são problemas sérios, que geram sequelas e até morte e que são muito presentes em diversas modalidades esportivas. Elas são divididas em três tipos o Traumatismo craniano (lesão na cabeça provocada por pancadas), o Traumatismo cranioencefálico (ocorre quando o traumatismo craniano causa ferimentos no cérebro, podendo ter consequências como perda de memória e alteração de humor. Em casos mais graves, pode causar um hematoma subdural que comprime o cérebro e leva à morte encefálica) e a Concussão(lesão cerebral leve causada por um traumatismo craniano ou cranioencefálico, decorrente de pancada ou agitação violenta da cabeça, mas que pode ter consequências a longo prazo).
Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, vômitos, tontura. Já os quadros moderados e graves normalmente estão associados a perda de consciência mais prolongada, que pode durar até horas, dores de cabeça fortes e progressivas, convulsão e dilatação das pupilas. A tomografia de crânio é o principal exame nas ocorrências de traumatismo cranioencefálico, mas que não é necessário ser realizado em todos os casos, apenas quando há suspeita de sangramento ou fratura.
A avaliação clínica é a principal forma de diagnosticar o grau do traumatismo, segundo o especialista. Pacientes que apresentam lesões leves que não afetam os sinais vitais nem levam a perda de consciência geralmente recebem alta hospitalar e permanecem em observação por 24 horas. Caso os familiares ou amigos notem alguma mudança comportamental, devem retornar o paciente para análise médica. Já para os indivíduos que apresentam lesões moderadas a graves, é necessária internação hospitalar para que o paciente tenha otimização da ventilação, oxigenação e perfusão cerebral para avaliar a circulação de sangue na área do cérebro. Nestes casos, o paciente pode apresentar convulsões, hematomas cerebrais e aumento da pressão intracraniana.
Casos moderados a graves podem deixar sequelas como problemas cognitivos, como irritabilidade, lentidão, mudanças de comportamento, perda de memória e déficit de atenção; distúrbios de movimento, como paralisia e perda de equilíbrio e convulsões. No caso do Kevin Kowalski, ele sofreu trauma crânio encefálico (TCE), com fraturas no crânio e hemorragia intracraniana, mas não precisou de cirurgia.
Voltar a andar de skate não é tarefa fácil e um acompanhamento médico é muito importante neste momento, tendo em vista que é necessário avaliar as sequelas do trauma, as limitações corporais e a volta ao skate para poder se fazer isso com segurança.
Nenhum tipo de treino, fortalecimento, ou qualquer outra coisa é capaz de minimizar o risco destas lesões, somente o uso do capacete pode resolver boa parte destes problemas.
Portanto use o bom senso e zele pele sua segurança e dos demais skatistas.
 Lembre-se: ande de skate, evolua e divirta-se.

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